quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Chaplin

"Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exato.
E então, pude relaxar.
Hoje sei que isso tem nome... Auto-estima.
Quando me amei de verdade, pude perceber que minha angústia, meu sofrimento emocional, não passa de um sinal de que estou indo contra minhas verdades.
Hoje sei que isso é...Autenticidade.
Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento.
Hoje chamo isso de... Amadurecimento.
Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesmo.
Hoje sei que o nome disso é... Respeito.
Quando me amei de verdade comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável... Pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo. De início minha razão chamou essa atitude de egoísmo.
Hoje sei que se chama... Amor-próprio.
Quando me amei de verdade, deixei de temer o meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projetos megalômanos de futuro.
Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo.
Hoje sei que isso é... Simplicidade.
Quando me amei de verdade, desisti de querer sempre ter razão e, com isso, errei menos vezes.
Hoje descobri a... Humildade.
Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de preocupar com o futuro. Agora, me mantenho no presente, que é onde a vida acontece.
Hoje vivo um dia de cada vez. Isso é... Plenitude.
Quando me amei de verdade, percebi que minha mente pode me atormentar e me decepcionar. Mas quando a coloco a serviço do meu coração, ela se torna uma grande e valiosa aliada.
Tudo isso é... Saber viver!!!"

Charles Chaplin

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Escravidão

    Um dos vários livros que estou lendo ao mesmo tempo é de Sêneca, “Aprendendo a Viver”. Hoje me deparei com o texto “Do senhor e do Escravo”, o que me levou a pensar um pouco sobre o tema e algumas nuances que o julgo capaz de conter.
    Tomamos a ideia do escravo como aquele que é submetido por um elemento externo. Mas acho que tal submissão pode dar-se pela força física, pela opressão, pelo baixo conceito sobre si mesmo, pelos desejos desenfreados, pela ignorância, pela opinião alheia, pelos vícios, pelos costumes arraigados e inquestionadamente praticados... “Escravos somos todos, se pensares que a sorte tem igual poder sobre nós e eles (escravos)” (Sêneca).
    Acredito que o conceito de humilhação pode me ajudar a desenvolver uma ideia sobre a escravidão, a partir do momento em que a humilhação pode ser causada por uma ofensa à honra, incidindo diretamente sobre o decoro ou a dignidade. O próprio direito penal diferencia os conceitos quando tipifica autonomamente os delitos de injúria e difamação. Aquela ofende o conceito que a pessoa tem sobre si mesma, sua dignidade, aquilo a que se chama honra subjetiva. Já na difamação observa-se uma ofensa à reputação da pessoa, ao conceito que ela goza perante a sociedade. É a honra dita objetiva.
    Levando aqui em conta a humilhação que agride esta moral dita interior, a dignidade, acho que poderíamos dizer que goza da liberdade, por exemplo, aquele que não se deixa atingir pela opinião alheia, posto que tem consciência de si mesmo e de seu valor. Para chegarmos a tal ponto, porém, creio ser preciso livrarmo-nos de algumas restrições, convenções e imposições sociais cuja violação, a princípio, sugeriria exatamente o contrário do que se pretende demonstrar. “Por isso, acho cômico esses grandes homens que pensam ser humilhante jantar com o seu escravo. Por quê? Apenas em virtude de um costume arrogante, que impõe ficar o patrão, enquanto come, rodeado por uma multidão de servos em pé? E ele que come além da capacidade do seu estômago e, com grande avidez, distende o estômago já satisfeito, que já não sabe mais as suas funções, ingerindo à força e com grande esforço o excesso de comida” (Sêneca).
    Escravo pode ser, por exemplo, quem repete tudo o que ouve sem retrucar e, quando o faz, retruca com argumentos alheios, pois não tem senso crítico para criar os próprios; é quem se envergonha de agir por temer a opinião alheia; quem não volta atrás em suas decisões para não demonstrar fraqueza, ainda quando reconhecido o erro.
    Progredindo nesse tema cheguei à questão dos conselhos. Já diz o ditado que, cada cabeça, uma sentença. Cada pessoa tem uma história de vida que, assim como sua impressão digital, nunca coincidirá com a de outra. Cada um tem sua impressão vital. As nuances da vida marcam cada pessoa de uma forma exclusiva. Some-se a isso uma gama de elementos genéticos definidores dos vários tipos de personalidade e teremos um sem número de sentenças antagônicas sendo proferidas pelo mundo afora por cada um de nós, juízes de nós mesmos. Por isso, considero que os conselhos podem ser bons, mas, antes de utilizados, deveríamos analisar firmemente se o entendemos e assimilamos pois, o conselho, embora bom, pode não nos proporcionar o bem.
    Cada vez que leio Sêneca mais admiro sua obra, principalmente porque praticou o que pregou, haja vista a história de sua morte, onde fora condenado ao suicídio e, por formas mais que dolorosas, executou-a de acordo com sua filosofia estóica, fato que, creio eu, lhe confere muita credibilidade. Uma coisa é a palavra escrita, posta no papel de forma de ideia, simples e abstrata. Outra é aplicá-la no cotidiano. Já li em algum lugar que a realidade não é párea para a imaginação. Que nos digam todos os anos novos passados, incapazes de suportar todas nossas resoluções. Algumas ideias antes de serem postas em prática necessitam de um período de amadurecimento, sedimentação. Alie-se a isso um pouco de vigilância e determinação, já que o tempo passa e, sob alguns aspectos, ele não tem a vida toda para nos esperar. “Não quero tomar mais teu tempo: de fato, não precisas de exortação. Os bons costumes, entre outras coisas, tem como característica isto: agradam a si mesmos e permanecem. A malícia é inconstante, muda frequentemente, e não para o melhor, mas para outra coisa. Passa bem.” (Sêneca).

Gente, desculpe o monte de ideias que até podem parecer desconexas, mas retratam o modo em que se encontram na minha cabeça agora. Trate não como um primado pela técnica, mas como um desabafo.
J




quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Ano Novo

    Semana passada vi a chamada para uma matéria que dizia que as pessoas estão fazendo menos planos para o Ano Novo. Não cheguei a ler por completo, mas fiquei pensando se seria por estarmos mais descrentes ou desesperançosos. Como costumamos ter planos demais e atitudes de menos, achei que a desilusão talvez acabe sendo a conseqüência mais previsível do excesso de metas.
    Por outro lado, tenho prestado atenção a um comercial do jornal o globo onde vários pontos turísticos e símbolos do Rio aparecem ao lado do que, poderíamos dizer, seriam os seus votos para o Ano Novo. A praia, a igreja da Penha, as ruas, praças e calçadas do Rio. Tenho que dizer que adorei o comercial pela singeleza, delicadeza e, uma vez mais, pela criatividade. Um dos elementos mostrados, porém, diferenciou dos demais. O Jardim Botânico desejava, simplesmente, continuar sendo amado. Achei interessante notar que, enquanto todos desejamos alterações, coisas novas, mudanças, outros podem se dar ao luxo de, serenamente, desejar que as coisas continuem.
    Esse foi o clique. Estamos fazendo menos planos porque desistimos deles ou porque estamos nos sentindo mais completos? Que, no Ano Novo, sejamos capazes de planejar menos e agradecer mais. Que passemos menos tempo desejando as coisas e mais tempo contemplando as que já se tem. Que possamos ter tão poucas necessidades a ponto de almejarmos somente a continuidade.

...

Só pra completar sobre o filme do facebook. Acho que confirmou uma certa teoria, né?
O cara tinha um milhão de amigos virtuais; nenhum amigo real.
Tiro no pé.
Tudo bem. Deve haver exceções.
J