quinta-feira, 17 de março de 2011

O que chama minha atenção na Av. Rio Branco, numa tarde chuvosa de 2ª feira? Uma mulher com um violão nas costas. Ainda chego lá. Por enquanto, ando só com meus snujs na bolsa....
Propaganda na Av. Presidente Vargas sobre cirurgias dentárias por computador.
Não entendi até que ponto é uma propaganda eficiente....

quinta-feira, 10 de março de 2011

Afinal, qual o alcance do conceito de amizade?

    Mês passado comprei a Revista Super Interessante que tratava sobre a amizade, com uma frase de chamada sobre a impossibilidade de ser feliz sozinho. Como estou em uma fase em que suponho viver um pouco o contrário disso, não poderia deixar de ler.
    A matéria é bem interessante, tratando das questões evolutivas, hormonais, sociais e psicológicas que cercam o tema. Claro que não poderia deixar de tratar das redes sociais, instrumentos que tornam os deles desprovidos, como eu, seres bizarros e deslocados.
    Bem, já não é a primeira vez que escrevo aqui sobre o que acho dessa questão. O fato de a pessoa ter centenas de amigos na internet não quer dizer que tenha cinco verdadeiros. Na verdade, acho que ter dois bons e leais, hodiernamente, já é um fato digno de comemoração. Aliás, a matéria diz, com base em Platão e Aristóteles, que cinco é o número máximo de amizades verdadeiras que podemos manter (procurei por esse texto, mas não encontrei...) Enfim, falou-se bastante das relações entre redes sociais, internet e a amizade. Todo aquele blá blá blá que não me convence muito.
    Resumindo, achei meio forçado dizer que é impossível sermos felizes sozinhos. Talvez completamente sozinhos sim, mas, quem sabe com uma bicicleta, uma estrada, um bom filme ou livro, boa música ou outro hobbie qualquer não seja tão impossível assim??? Afinal, a matéria também dizia que hoje em dia o conceito de amizade mudou. Tornou-se mais superficial. Ah, tá. Sendo assim, acho que falamos, falamos, falamos e acabamos chegando à mesma conclusão.



Alguém possui um guia de sobrevivência ao carnaval?

    Gente, coisa difícil sobreviver ao carnaval no Rio de Janeiro, com aquele detalhe básico: não faísca em mim nem uma centelha de um espírito folião! Tá bom. Sobreviver é uma palavra muito forte. Digamos, bem viver.
    Uma coisa é morar no Rio de Janeiro, avessa a samba, durante os outros meses do ano. Agora, ser minoria durante o carnaval... Não tem para onde fugir. O trânsito, os horários e todo o funcionamento da cidade se alteram e sobram poucas opções para os deslocados como eu.
    Diário de uma avessa à folia: tentar ir ao cinema. Maratona para chegar. E, pelo caminho, observar toda a multidão pulando, brincando, dançando e cantando. Essa é uma boa chance para sentir na pele o que sofrem as minorias marginalizadas de que sempre ouvi falar.
    Na parada para o almoço, a praça de alimentação está fantasiada (no sentido literal e metonímico). Só de olhar para os sapatos enlameados das pessoas já dá para perceber que a festa foi boa (dependendo do ponto de vista). E parece que ainda tem energia para continuar, sem muita folga. Tenho que admitir: minha fisionomia era de desolação!
    Pessoas, juro: eu queria ter uma alma mais foliã. Já escrevi em um post anterior que não reparo muito nas pessoas uniformizadas, porque sou super desligada e, para mim, todas ficam padronizadas: irreconhecíveis. Mas, como tinha me prometido, passei a prestar mais atenção nisso e tentei melhorar. E foi o que aconteceu durante o almoço. Enquanto eu estava lá, alheia a toda aquela felicidade carnavalesca, fiquei pensando que aquela garçonete, trabalhando, também com seu rosto desolado, deveria estar se imaginando no cordão da bola preta. E o que ela não faria por isso... Já eu, faria algumas coisas para que tudo funcionasse normalmente ou, ao menos, como outro feriado qualquer...
    Eu sei. Os incomodados que se mudem. Admito que faltou planejamento e que um pouco de sol também tornaria minha aversão um pouco menor. Por isso, enquanto para a maioria das pessoas o Ano Novo é o marco para fazermos planos e promessas para os próximos 365 dias, eu resolvi adotar o carnaval como meu Rosh Hashaná, um marco zero particular. Prometo que meu próximo carnaval será diferente. Se possível, vou bater em retirada.