sexta-feira, 4 de junho de 2010

Minha amiga me deu um livro de auto-ajuda pra mulheres. Desses que parecem besteira, mas acho que toda leitura tem seu valor. E como não sou de dispensar um livro que me caia nas mãos, este também entrou pra mesinha de cabeceira.


Pra começar, achei engraçado pensar que os homens e seus desatinos são sempre os mesmos. Seguem um certo padrão em qualquer lugar do mundo. Parece que eles já vêm com umas características (defeitinhos) no sangue, enquanto nós temos que ler esse tipo de livro pra aprender a lidar com isso. Por que o ataque é natural e a defesa não? Cadê a seleção natural nessa história?

Eu acho que um dos piores erros que podemos cometer é tentar criar um personagem pra conquistar um homem. Partamos do princípio de que nenhum personagem consegue se sustentar por muito tempo. Logo, se a intenção for construir uma relação duradoura, o conflito será inevitável.

O tipo de coisa que deixo claro, de cara, é que sou comilona. Digo logo: não se assuste; como muito, mas malho na mesma proporção! De que adianta bancar a comedida pra depois chegar em casa cheia de fome? Não dá pra esconder uma coisa dessas.

Outra coisa: posso até conhecer alguém no samba, mas vou logo dizer que não gosto. Provavelmente vou finalizar dizendo que estou ali pela minha amiga e que a companhia dela é tão boa, que com ela vou até pro samba, mas dizer que curto o ritmo, só pra agradar, não posso.

Personagem é perda de tempo. Por isso acho que ele não deve ser criado. É impossível querer uma relação feliz e realizada, atuando o tempo todo.

Tudo bem, pode até ser que eu fale demais, mas está aí uma coisa que considero imprescindível: consciência de si mesma.

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