segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Mudar o mundo

Acho que uma das representações mais interessantes da juventude é aquela do jovem revolucionário, cheio de vontade de mudar o mundo, principalmente se acompanhada de idéias viáveis.
Com o passar do tempo é quase inevitável que o desgosto e o comodismo nos assole e desistamos ou, ao menos, não pensemos mais no assunto com freqüência.
O que tem me atingido ultimamente, porém, é o fato de piorarmos a situação das coisas. Explico: seria ótimo se uma pessoa séria e honesta, com boas idéias tivesse a chance de engrandecer a sociedade, se candidatando ao Governo, por exemplo. Mas acho até razoável que, frente a tanta corrupção e esquema necessários para entrar nesse meio, o cara simplesmente resolva viver sua vida de forma tranqüila e, felizes serão seus vizinhos se ele topar ser síndico do condomínio. Agora, reclamar das enchentes e jogar lixo no chão; reclamar da sujeira da cidade e fazer chuva de papel picado no final do ano; reclamar da política e votar no palhaço Tiririca... Na boa: muito ajuda quem não atrapalha.
Não espero grandes revoluções sociais. Depois de um tempo e algumas decepções o desejo de juventude vira utopia mesmo. Hoje prefiro continuar acreditando nas pequenas transformações, na vizinhança, no bairro, na cidade.
Tenho pensado nisso e acho que o ponto de partida é uma mudança interna, enquanto indivíduo. Do singular para o coletivo. Prometo a mim mesma que vou tentar e, se não ajudar, também não atrapalho. Não vou brincar de palhaço.

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