quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

A viagem

    Por mais que eu esmiúce todo o dicionário em busca das palavras corretas, nenhuma relatará de forma fiel o que foi vivido; nenhuma foto, por mais bela, fará justiça.
    Para algumas pessoas, as construções vertiginosas e deslumbrantes causarão maior impacto; para outras, será a oportunidade para compras; algumas aproveitarão a ocasião para fazer muitos amigos; aqueles que gostam de viajar no tempo terão infinitos elementos históricos para se deliciar.
    Para mim, todos os momentos acima foram marcantes, mas, além deles, o pôr e o nascer do sol, a receptividade das pessoas, a preocupação com a preservação da natureza, a valorização do passado na construção do futuro, a exaltação e o reconhecimento da importância da história; em suma, a harmonia entre a modernização e a preservação dos valores culturais de um povo.
    Foi uma viagem marcada pela quebra de preconceitos. O apelo da mídia, que, segundo entendo, é facilitado pela massificação pela cultura americana, me deixou ansiosa e receosa com o que poderia encontrar no Oriente Médio. Pessoas sisudas, inflexíveis quanto à diversidade religiosa e intolerantes em relação a cultura, modo de vestir e comportar alheios. Tudo isso foi desmistificado! E eu, que podia apostar que o povo brasileiro era o mais caloroso e receptivo do mundo, me deparei com um concorrente à altura.

Nenhum comentário:

Postar um comentário