quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Sobre o futuro

    Domingo passado (06/11/11), li e vi, sob três aspectos diferentes, algo sobre esse tema. O primeiro foi a coluna do Cacá Diegues, no Globo. Ali, ele descrevia uma situação meio que esdrúxula sobre um futuro onde a humanidade teria uma expectativa de vida bem mais avançada, o que, pelo seu alto preço, privilegiaria os mais ricos, gerando o que ele denominaria de homo ricus. Os menos favorecidos, ficando para trás, seriam, nesse futuro longínquo, lembrado pelos demais como mero homo sapiens, de quem a nova classe descendera. Inclusive, a carne dessas ancestrais seriam apreciadas até mesmo como iguaria pelo homo ricus.
    Mais tarde, assisti ao filme Idiocracy. Nele, há a previsão de um futuro onde as pessoas mais ricas e/ou intelectualmente privilegiadas, preocupadas com um controle de natalidade e tomando precauções (todas e talvez demais), tinham cada vez menos filhos, às vezes até nenhum, enquanto a classe mais baixa crescia incessantemente. Ao longo dos anos, o nível de inteligência da população foi ficando cada vez mais baixo, chegando ao ridículo, e aí crescia a comédia do filme, mostrando um mundo governado por imbecis.
    Depois disso, emendei num programa do canal Futura. Peguei pela metade, a partir do ponto em que os cientistas explicavam algo sobre a nanotecnologia, até que ponto está desenvolvida atualmente e que benefícios pode nos proporcionar a longo prazo. Algo sobre elevadores espaciais, pequenos computadores injetados na corrente sanguinea, capazes de detectar e tratar doenças em estágio inicial, como tumores e até obesidade. Tratou também sobre o teletransporte, como já é possível hoje em dia com fótons e a possibilidade de utilização por seres humanos no futuro. Um cientista comentou que, se ouvisse alguém dizer, há uns 20 anos, que seria possível localizarmos algo ou alguém a distância, a qualquer momento, ele acharia quase impossível. No entanto, hoje em dia temos o GPS, logo, toda a expectativa em torno da nanotecnologia poderia ser encarada como uma realidade possível. Ao final, mencionam que é uma tecnologia de grande impacto, que mudará o rumo da espécie humana sobre a Terra e, considerando o perigo de cair em mãos erradas, sugerem que o assunto deveria ser tratado a partir de agora por autoridades e sociedade.
    E foi a partir daí que me peguei pensando: mesmo se pudesse me transportar para o futuro, acho eu que não teria coragem de saber como as coisas estariam... Eu quero acreditar que as coisas vão melhorar, que o futuro da humanidade será bom, mas minha razão não me permite enveredar muito tempo neste caminho. Como sempre digo, a ignorância é uma benção e meu sentimento de impotência, que me leva à inércia, será minha perdição.



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