quarta-feira, 17 de novembro de 2010

A curiosidade intrigou o gato

    Uma vez li que os maratonistas não podem correr ouvindo música porque ela influencia no seu desempenho. Influencia para melhor e, por isso, diferencia. Raramente corro sem música. É como uma companheira que fica ali o tempo todo te incentivando e tirando o foco do peso e do cansaço.
    Mas, antes de iniciar o treino, é gostoso alongar debaixo de certa árvore, onde fico observando um ninho de passarinhos e ouvindo seu canto. Às vezes, o som da natureza é interrompido pela conversa de pessoas que passam ao meu lado. E foi isso que aconteceu ontem. Uma senhora passou falando para outra:
    - De que adianta se arrumar super bem e ser desdentada?
    Tive que rir sozinha! Depois veio uma menina:
    - Mas eu não consigo parar de olhar. Fico assustada. É muito grande!
    Isso tudo me fez lembrar a peça que assiti há algum tempo atrás da Elisa Lucinda, “Parem de falar mal da rotina”. Nela, Elisa aborda esse momento em que estamos caminhando pela rua, sentados no ônibus, quietos no nosso canto e a conversa alheia chega aos nossos ouvidos. A gente não está ali na intenção de escutar nem bisbilhotar a vida dos outros, mas se o bate papo vizinho vem ao encontro de nosso ouvidos, fazer o quê? Ouvir mesmo!

P.S. Acho que sei no que você está pensando. Se servir de consolo, eu também estou curiosa até agora!
Em 16.11.2010

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